O dinheiro, de acordo com Funaro, vieram de operações do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS). As movimentações financeiras do fundo beneficiaram as empresas BR Vias, da família Constantino, e a LLX, que hoje atua com o nome Prumo Logística e tem como sócio Eike Batista.
As declarações de Funaro foram realizadas no âmbito da Operação Patmos, que investiga Temer. Os depoimentos só foram tornados públicos nessa terça-feira (20). Funaro também diz ter ouvido do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha que Temer tinha conhecimento sobre propinas de contrato das plataformas entre Petrobras Internacional e o grupo Odebrecht.
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O operador financeiro está preso no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Ele também afirma ter pago comissão ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. De acordo com ele, o dinheiro foi relacionado à liberação de recursos do FI-FGTS, em 2009, para a empresa Cibe. Na ocasião, Moreira Franco era o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa.
Funaro também disse ter pago, em espécie, R$ 20 milhões ao ex-ministro Geddel Vieira Lima por operações na Caixa. Os recursos seriam comissões por liberação de crédito a empresas do grupo J&F. De acordo com Funaro, Geddel era o principal contato de Joesley com o governo Temer.
Ele negou que tenha sido procurado por Cunha ou pelo presidente com objetivo de que permanecesse calado. Sobre a compra de seu silêncio pelo empresário Joesley, Funaro também negou. No entanto, disse ter estranhado ligações de Geddel para sua esposa no sentido de sondar “qual seria seu ânimo” em relação a fazer acordo de delação premiada.
Joesley Batista gravou uma conversa com Temer, em março deste ano, no Palácio do Jaburu, na qual o presidente avaliza pagamento de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e também a Lúcio Funaro, pelo empresário, em troca do silêncio dos dois. A gravação é parte da delação premiada firmada entre o empresário e o Ministério Público Federal (MPF).
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