O proprietário da corretora Stocklos, Lúcio Bolonha Funaro, desmentiu há pouco, em depoimento à CPI dos Correios, declaração dada pelo ex-diretor da corretora Bonus-Banval Breno Fischberg à comissão de que teria transferido recursos para a Stocklos a pedido da corretora Natimar. O doleiro classificou a declaração de Fischberg, de quem se diz amigo, como “mentirosa”.
Funaro é suspeito de fazer operações que causaram prejuízos a fundos de pensão e de ser o responsável pela Guaranhuns, empresa utilizada pelo empresário Marcos Valério Fernandes para repassar recursos ao Partido ao Liberal, a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Questionado pelo sub-relator de Fundos de Pensão, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), sobre um processo da Receita Federal que identifica diferença em sua declaração patrimonial no valor de R$ 2,129 milhões, o doleiro afirmou não ter conhecimento da informação, embora saiba que está sendo investigado. Ele esclareceu que, se houver erro de sua parte, recolherá tributos devidos.
Funaro também negou qualquer envolvimento com o mensalão. Ele reafirmou que, em dezembro de 2001, vendeu a Guaranhuns para José Carlos Batista. Desde então, segundo ele, não pode ser responsabilizado pelas ações da empresa.
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Indagado ainda por que algumas contas da Guaranhuns foram pagas pela Stocklos, Funaro contou que, logo após ter transferido a empresa para José Carlos Batista, ela permaneceu registrada no mesmo endereço por algum tempo. Em razão disso, admitiu a possibilidade de ter feito alguns pagamentos para a Guaranhuns, que teriam sido posteriormente ressarcidos.