O candidato tucano à presidência da Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR), criticou ontem (21) a atuação do governo Lula no processo de eleição da Mesa Diretora. “Pela primeira vez no Brasil o governo toma posse e deixa para indicar o ministério após a eleição da Câmara. Até parece que é para compensar aliado derrotado e premiar aliado vencedor”, atacou.
O candidato da terceira via defendeu o atual presidente da Casa e candidato à reeleição, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ele contou que conversou com Aldo na semana passada e revelou que ele está “arrasado” pelo tratamento que tem recebido dos aliados governistas.
“Fico imaginando qual o sentimento dele pela história que tem de apoio ao PT e ao presidente Lula. Ele foi sem piedade atropelado pelo governo. É complicado falar de um comunista ter piedade, mas o Aldo pagou o preço da lealdade.”
Ao falar do candidato petista, Arlindo Chinaglia (SP), Fruet não foi tão condescendente. “Ele vive uma contradição com a história que tem na luta popular e no PT e com quem ele está aliado hoje. É uma simbologia muito negativa”, avaliou.
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As declarações de Fruet foram dadas na visita à casa do senador eleito e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos (PMDB), no Recife, em companhia do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) e de deputados federais.
“Vim pedir conselhos e bênçãos. Jarbas é uma liderança inegável e foi amigo do meu pai no MDB. Quero criar identidade com pessoas como ele, que têm história,” disse Fruet, em entrevista a repórter Cecília Ramos, do Estado de S. Paulo.