Parlamentares da Frente Ambientalista, lançada há pouco na Câmara, acabaram de assinar acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica para compensar a redução das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa.
A parceria prevê ainda o plantio de árvores pela Câmara para neutralizar os efeitos da emissão de carbono gerada pela frota de veículos da Casa.
“Vamos ter talvez o primeiro Parlamento Carbono Neutro do planeta", afirmou o diretor de Mobilização da fundação, Mario Mantovani, que também destacou a importância do Congresso dar esse exemplo para o mundo.
Entretanto, ressaltou que o problema climático é muito urgente para ficar só nas mãos dos parlamentares. Cada um, de acordo com Mantovani, tem que dar a própria contribuição.
Já o coordenador da frente, deputado Sarney Filho (PV-MA), afirmou que a iniciativa terá um papel especial nesta legislatura, uma vez que a ONU alertou, neste início de ano, para as conseqüências do aquecimento global.
“A ação do homem está influenciando de forma negativa a vida na Terra”, declarou, referindo-se ao relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU.
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O deputado ainda lembrou que mais de 200 parlamentares assinaram a criação da frente e que o objetivo do grupo é sistematizar iniciativas parlamentares e coordenar as votações para aprovar matérias de interesse do Brasil para promoção do desenvolvimento sustentável.
Por fim, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que problemas ambientais devem ser enfrentados de forma global, mas isso não diminui a importância das iniciativas locais.
O Brasil, de acordo com ela, tem contribuído na busca de energias renováveis e está fazendo um esforço para reduzir o desmatamento. “Nos últimos dois anos, houve a redução de 52%, o que representa 430 milhões de toneladas de gás carbônico a menos”. (Renaro Cardozo)