Eduardo Militão
Fracassou a tentativa da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção de fazer uma blitz nas comissões onde tramitam projetos para aumentar as punições aos crimes do colarinho branco. Apesar da iniciativa do deputado Francisco Praciano (PT-AM) e seus colegas do grupo, só um presidente de comissão os recebeu na tarde de quarta-feira (8). Não houve como pedir pressa aos projetos em andamento nos colegiados de Constituição e Justiça (CCJ), de Finanças e Tributação e de Seguridade.
Haverá nova tentativa de conversar com os presidentes das comissões na semana que vem. Segundo o gabinete de Praciano, o único deputado com quem a frente conversou foi o presidente da Comissão de Trabalho, Sílvio Costa (PTB-PE), que se dispôs a dar andamento aos projetos.
O problema, dizem os auxiliares de Praciano, foi a posse da nova ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, o que esvaziou o Congresso ontem.
Na semana que vem, a frente ainda tentará falar com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Hoje, há 116 de mudança nas leis para apertar o cerco aos crimes do colarinho branco, conforme mostrou o Congresso em Foco.
Sugestão de relatório
Apesar da blitz nas comissões não ter dado certo desta vez, o resultado foi bom onde os deputados da frente conseguiram ser recebidos. O presidente da Comissão de Trabalho, Sílvio Costa, pediu que os próprios membros da frente fizessem uma sugestão de relatório para os quatro projetos que tramitam no colegiado.
“Falei para prepararem o relatório na visão deles. Eles ficaram de me entregar na terça-feira (14). Se o relator aceitar, está feito”, afirmou Costa ao Congresso em Foco. Estavam na conversa com ele Praciano, Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) e representantes do Ministério Público.
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