O deputado Henrique Fontana (RS), líder do PT na Câmara, disse hoje (8) que nos próximos dez dias a base aliada do governo deverá estar unida em torno de uma candidatura única na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Atualmente, a base do governo está dividida entre as candidaturas de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente da Casa, e de Arlindo Chinalgia (PT-SP), líder do governo na Câmara.
De acordo com Fontana, Aldo e Chinaglia terão condições de avalizar o nome com melhores chances na disputa para evitar um racha na base aliada do governo.
"Eu acho que em dez dias poderemos aferir qual a candidatura melhor. Neste momento, a candidatura do Chinaglia tem mais força. Mas, como as eleições não são uma ciência exata, eu não posso ser arrogante", disse.
No entanto, o parlamentar gaúcho reconheceu que a prudência será fundamental aos aliados do governo para evitar que um terceiro nome ganhe força para a eleição. "Quando antes definirmos, melhor. Mas em dez dias não dá para o azar chegar com tanta força", afirmou.
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Fontana disse que acredita na maturidade dos candidatos da base governista para abrir mão da disputa quando perceberem qual dos dois poderá efetivamente se tornar o novo presidente da Câmara. "Os dois são pessoas maduras. Mesmo que tenham a sensação de que poderão vencer, vão entender que as candidaturas podem pender para um lado", analisou.
"Há dois anos o PT abriu mão da sua candidatura para apoiar o nome do Aldo. Qualquer pessoa tem que estar aberta a cenários", declarou.
Consolo
Fontana acredita que Aldo ou Chinaglia deverá ser contemplado com um ministério pelo presidente Lula, caso um deles desista da presidência da Câmara. "Não é uma compensação, é um reconhecimento da qualidade do trabalho. A estatura dos dois quadros políticos indicam que aquele que não estiver como presidente da Câmara estará contribuindo com o governo do presidente Lula", disse.
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