Levantamento da Folha de S.Paulo que aumentou o grau de infidelidade da base aliada da presidenta Dilma nas votações da Câmara nos dois primeiros meses da gestão Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Oposição e aliados infiéis formam maioria para deliberações na Casa. Em tese, aponta o jornal, Dilma tem uma base formada por 346 dos 513 deputados. Na prática, porém, três em cada dez governistas votaram contra os interesses do Planalto. Até petistas têm votado contra o governo.
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A julgar pelas votações de 2015, Dilma tem, em média, o apoio de 246 deputados, menos da metade da composição da Câmara, o que dificulta a aprovação de propostas que exigem quórum qualificado, como projetos de lei complementar e propostas de emenda à Constituição (PEC). No início do primeiro mandato, em 2011, a petista chegou a ter 98% de fidelidade em sua base, ressalta a Folha.
O governo foi derrotado em votações importantes na Casa este ano. Além da eleição de Cunha, também passaram pelo plenário o orçamento impositivo, o projeto que dá prazo de 30 dias para o Executivo abater dívidas de estados e municípios e, em primeiro turno, a proposta de emenda constitucional que adia a aposentadoria de ministros de tribunais superiores, a chamada PEC da Bengala.
Como mostrou o Congresso em Foco, PT e PMDB foram os partidos que mais votos deram para a aprovação do projeto que alivia as dívidas dos estados e municípios na última semana. O texto passou pelos deputados com o apoio de 389 parlamentares e apenas duas abstenções. Nenhum voto contrário foi registrado apesar de Dilma ter dito na véspera que não tinha condições de arcar com os custos da mudança do indexador dos débitos.
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