Reportagem da Folha de S.Paulo desta quinta-feira (20) informa que uma empresa que tem entre seus sócios o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, fechou contratos com a Petrobras que totalizam R$ 71,2 milhões, segundo documentos obtidos pelo jornal paulista. O lobista se entregou à Polícia Federal em Curitiba (PR) na última terça-feira (18), na condição de investigado na Operação Lava Jato.
No inquérito da PF, Fernando é apontado como o elo entre o esquema de corrupção na estatal, que consistia em fraude e superfaturamento de contratos, e o PMDB, embora o partido negue essa relação. Ele teve a prisão decretada pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, devido às suspeitas de pagamento de propina para peemedebistas.
Segundo a Folha, um dos delatores do esquema de corrupção, o empresário Julio Camargo (grupo Toyo Setal), relatou a procuradores que Fernando recebeu US$ 8 milhões em propina para que sua empresa – Petroenge Petróleo e Engenharia, com sede em Macaé (RJ) – tivesse condições de fechar contrato de sondas com a petrolífera. De acordo com os contratos, a empresa presta serviço de manutenção e suporte para plataformas marítimas de extração de petróleo.
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Com atuação na Bacia de Campos, a empresa de Fernando Baiano tem três filiais no Espírito Santo e uma na Bahia, todas elas em municípios onde a Petrobras possui unidades. O primeiro contrato da Petroenge com a Petrobras foi assinado em 2007. De lá para cá, foram mais 85 contratos firmados com a estatal, em montante que chegou a R$ 131,6 milhões, de acordo com informações veiculadas no próprio site da empresa.
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