Paulo Paim está entre os finalistas do Prêmio Congresso em Foco que se reelegeram
Fábio Góis
Os parlamentares apontados como os melhores por jornalistas que cobrem o Congresso tiveram índice de reeleição maior que os demais colegas. Dos 27 parlamentares que tentaram a renovação do mandato e figuram entre os finalistas do Prêmio Congresso em Foco, 23 foram reeleitos (20 deputados e três senadores). Ou seja, 85,1% dos finalistas do prêmio que tentaram a reeleição foram reconduzidos ao cargo. O percentual supera o índice de reeleição tanto na Câmara quanto no Senado.
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Dos 407 deputados que tentaram renovar o mandato este ano, 286 foram reeleitos (70,27%). No Senado, onde 54 das 81 cadeiras estavam em jogo, 26 senadores tentaram ser reconduzidos ao caso, mas apenas 16 foram reeleitos (61,5%).
Quatro senadores que figuram na lista dos melhores, elaborada por 183 jornalistas que cobrem o Legislativo, tentaram a reeleição. Três deles foram reeleitos: Cristovam Buarque (PDT-DF), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Paulo Paim (PT-RS). O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), não conseguiu se reeleger. Outros cinco senadores que disputam o prêmio, em alguma das categorias, concorreram a outro cargo. Desses, três se elegeram: Tião Viana (PT-AC), governador eleito do Acre, Renato Casagrande (PSB-ES), novo governador do Espírito Santo, e Rosalba Ciarlini (DEM-RN), eleita governadora do Rio Grande do Norte.
Dois senadores finalistas que tentaram outros cargos não se elegeram. Marina Silva (PV-AC) tentou a Presidência da República, recebeu quase 20 milhões de votos, votação maior que apontavam as pesquisas, mas não conseguiu avançar para o segundo turno. Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) perdeu a disputa para o governo de Pernambuco, mas ainda tem mais quatro anos de mandato, diferentemente da senadora acreana, que se despede do Congresso no início do próximo ano.
Já na Câmara, dos 42 deputados pré-selecionados para o prêmio (lista principal e categorias especiais), 20 foram reeleitos. Três finalistas tentaram, mas não conseguiram se reeleger: Arnaldo Madeira (PSDB-SP), José Genoino (PT-SP) e Luciana Genro (Psol-RS).
Outros dois deputados finalistas ainda seguem na disputa pela vice-presidência: Índio da Costa (DEM-RJ), vice de José Serra (PSDB), e Michel Temer (PMDB-SP), vice de Dilma Rousseff (PT). Três deputados apontados entre os melhores pelos jornalistas na primeira fase do prêmio não participaram da eleição: José Eduardo Cardozo (PT-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-ES) e Rafael Guerra (PSDB-MG).
Oito finalistas perderam a eleição para outros cargos: Gustavo Fruet (PSDB-PR), Edson Duarte (PV-BA), Pedro Wilson (PT-GO), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Raul Jungmann (PPS-PE) e Rita Camata (PMDB-ES) não se elegeram para o Senado. Fernando Gabeira (PV-RJ) e Flávio Dino (PCdoB-MA) foram derrotados na disputa pelo governo de seus estados.
Confira a mais recente parcial do Prêmio Congresso em Foco, em boletim registrado na última sexta-feira (8)
Veja como votaram os 183 jornalistas que cobrem política votaram nas categorias especiais (educação; combate à corrupção; saúde; meio ambiente; defesa da democracia; e melhor iniciativa aprovada no Congresso)
O que é o Prêmio?
Em sua quinta edição em, o Prêmio Congresso em Foco conta com o apoio da Ambev, da Petrobras, da Associação Nacional dos Peritos Federais Criminais (APCF), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Bar e Restaurante Dudu Camargo e do Movimento + Feliz.
O prêmio é um convite à analise do desempenho individual dos representantes eleitos, e permite alcançar ao mesmo tempo vários objetivos:
– Reconhecer o trabalho dos deputados federais e senadores que se destacam no cumprimento de suas obrigações;
– Valorizar os bons exemplos, de modo a incentivar os parlamentares federais a desempenharem o papel que deles se espera, e, ao mesmo tempo, sinalizar ao eleitorado que melhorar a qualidade da nossa representação política é possível;
– Estimular a população a analisar o desempenho individual dos representantes eleitos, propiciando a participação política dos cidadãos na definição dos congressistas a serem agraciados;
– Contribuir para formar eleitores mais conscientes, capazes tanto de ver o Congresso e a política com maior acuidade quanto de exercer integralmente a cidadania;
– Difundir o conceito democrático de que os direitos e deveres dos eleitores vão além do simples ato de votar, a cada eleição, e devem necessariamente incluir o acompanhamento ativo, permanente e consciente da atuação dos representantes eleitos;
– Enfrentar mitos que afastam vários brasileiros da vida política, como as ideias de que todos políticos são iguais ou de que uma representação legislativa trabalhando em favor da população é sempre impossível, noções aliás muitas vezes usadas para justificar teses autoritárias (como o fechamento do Congresso) ou cínicas (tipo “já que liberou geral, locupletemo-nos todos”).
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