Em depoimento à CPI dos Cartões, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o fim definitivo das chamadas contas B (cheques) seria um “avanço extraordinário”.
Ele também destacou que a principal contribuição que essa CPI poderia dar seria propor a extinção definitiva dessas contas, utilizado como principal mecanismo de pagamento do governo federal antes dos cartões corporativos.
O ministro criticou a utilização do cartão de crédito corporativo para efetuar saque em dinheiro. Segundo ele, esse processo "transforma praticamente na modalidade de pagamento de contas tipo B". Ele também defendeu a volta de pagamento de diárias para cobrir despesas nas viagens dos ministros.
Assim como o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, Bernardo afirmou que esse dispositivo possui “transparência zero”.
O ministro confessou que não acreditava na instalação do colegiado e que todas as informações discutidas na comissão são retiras do Portal da Transparência. No entanto, ele prevê que haverá “algo de novo” quando forem investigadas as contas B.
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Um pouco antes, o ministro Jorge Hage afirmou que as investigações da CGU podem ir além das tapiocas – em referência ao gasto feito pelo ministro do Esporte, Orlando Silva – porque elas também se voltam para as contas B (cheques).
Ele classificou como "inconseqüente" a suspensão imediata dos cartões corporativos, sugerida ontem (18) pelo procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Marinus Eduardo Marsico. (Rodolfo Torres)