O empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, decidiu questionar judicialmente o ex-candidato à Presidência da República Eduardo Jorge (PV) por causa de um tuíte atribuído a Eduardo Jorge, ex-deputado federal pelo PT. A mensagem faz alusão a um boato espalhado pela internet de que Lulinha, como é mais conhecido o empresário, seria sócio da Friboi, maior financiadora das campanhas eleitorais de 2014 e atual líder mundial na produção de carnes. A decisão de interpelar judicialmente o ex-candidato do PV foi publicada na página de Lula no Facebook.
O tuíte atribuído a Eduardo Jorge, que foi apagado posteriormente, dizia: “A vaca que tossiu não é do frigorífico do filho do Lula. Então pode comer à vontade”. Após ter acesso ao tuíte original, o site BuzzFeed Brasil constatou, no entanto, que a mensagem foi publicada pela conta @EduadoJorge43 (sem o “r”), fake que se faz passar pelo ex-candidato a presidente pelo PV. A conta oficial do político é @EduardoJorge43. “Já reclamei na central do twiter contra estes fakes que difamam e me prejudicam”, escreveu Eduardo Jorge.
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Eduardo Jorge se disse “chocado” com o fato de Lula ter acreditado que ele fosse o autor do tuíte. “Amigos, estou chocado que alguém como Lula que me conhece bem possa ter me atribuído escrito brutal e vulgar”, disse. Além de companheiros de partido e fundadores do PT, os dois foram colegas no Congresso Nacional.
Após a revelação de que se tratava de uma conta falsa, os responsáveis pela atualização do Facebook de Lula excluíram a mensagem original sobre a decisão de Lulinha de acionar Eduardo Jorge na Justiça. Um novo texto foi publicado, ressaltando que ainda não se tratava de um processo, mas de uma interpelação judicial.
“A primeira pergunta da peça jurídica é justamente se o interpelado é autor do tweet mencionado e dono da conta. A interpelação judicial é uma etapa inicial e existe também para verificar se as afirmações efetivamente foram feitas pelo interpelado”, afirma a mensagem.
“Apagamos a postagem anterior, que linkava uma matéria sobre o assunto, pois ela gerou confusão e interpretações errôneas entre os leitores da página. Se for comprovado em juízo o uso de perfis falsos, usando o nome de Eduardo Jorge para dizer mentiras sobre o filho do ex-presidente, isso significa que ele também é uma vítima do uso da internet para difamação política e se buscará responsabilizar o autor das calúnias”, acrescenta.
A matéria mencionada pelo Facebook de Lula foi publicada pelo jornalista Renato Rovai, blogueiro e editor da Revista Fórum. Segundo Rovai, na ação, o filho do ex-presidente diz que “não é ou jamais foi sócio ou manteve qualquer relação profissional com negócios relacionados ao setor agropecuário ou agroindústria”.
O empresário também afirma ser “vítima de atos criminosos na internet que lhe atribuem, de forma mendaz, a propriedade de fazendas e,ainda, a participação societária em frigoríficos e empresas do gênero”. Ainda de acordo com Rovai, Lulinha atribui a divulgação dessas mensagens a uma tentativa de adversários políticos de atingirem a imagem do seu pai.
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