Confirmado ontem (16) como novo ministro das Minas e Energia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) assumirá o cargo na próxima segunda-feira (21). Com isso, o filho do peemedebista entrará em seu lugar no Senado, mas ele não deve chegar a exercer o mandato.
Acusado de usar uma empregada doméstica como laranja, Edison Lobão Filho (DEM-MA) pretende se licenciar tão logo tome posse, deixando a cadeira para o segundo suplente, o ex-deputado Remi Ribeiro (PMDB-MA).
Em entrevista hoje (17), o senador Edison Lobão explicou que seu filho irá se defender das ausações fora do Senado.
Risco de apagão
Edison Lobão também rebateu as críticas de que, para se evitar a crise energética e um novo racionamento no paí, seria preciso ter alguém com caráter técnico à frente do ministério. Ele afirmou que não há risco de racionamento e disse ser um “administrador capaz de formar uma equipe qualificada”.
“A chuva ajudará muito, vai fazer com que os reservatórios das hidrelétricas voltem à situação de normalidade absoluta e isso ajudará até o próximo ano. Mas, ainda que não chovesse nada, não haveria racionamento este ano, de maneira nenhuma. Que a população fique tranqüila, porque não haverá racionamento”, garantiu Lobão.
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Elogios
Em entrevista à Agência Senado, o presidente da Casa, Garibaldi Alves, elogiou o novo ministro e disse que o fato de o cargo estar sendo ocupado por um político, e não por um técnico, não trará prejuízos.
“Não é o Lobão sozinho que vai garantir que não haverá apagão. O governo é que vai garantir que não teremos apagão. Churchill ganhou a guerra e não era general. Era um grande estrategista, um estadista, não era general. Portanto, Lobão pode ser um grande ministro de Minas e Energia. O José Serra não foi um grande ministro da Saúde?”, comparoiu Garibaldi. (Soraia Costa)