Após quase meio século no poder, o líder cubano Fidel Castro, 81 anos, anunciou hoje (19), em nota publicada no jornal oficial Granma, sua renúncia à presidência do país.
Desde julho de 2006, o irmão de Fidel, Raul Castro, era quem comandava a ilha. Interino, ele pode ser confirmado como novo líder do país no próximo domingo pela Assembléia Nacional, eleita em janeiro. Além do presidente, na ocasião também será definido o novo Conselho de Estado de Cuba.
No artigo, Fidel, que foi o líder da Revolução Cubana em 1959, avisa que não aceitará o cargo de presidente do Conselho de Estado para o qual já havia sido eleito.
“Trairia minha consciência ocupar uma responsabilidade que requer mobilidade e entrega total que não estou em condições físicas de oferecer. Digo-o sem dramatismo”, diz o comandante cubano em um dos trecho reproduzido por agências internacionais do artigo publicado hoje.
“A meus queridos compatriotas, que me deram a imensa honra de me eleger recentemente como membro do Parlamento, em cujo seio devem ser adotados acordos importantes para nossa Revolução, comunico que não aspirarei e nem aceitarei – repito – não aspirarei e nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e Comandante-chefe.”, avisa, em outro trecho reproduzido pelas agências.
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"Não me despeço de vocês, desejo apenas combater como soldado das idéias", finaliza Fidel.
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