Fernando Henrique lembrou que foi o quarto nome a assumir o Ministério da Fazenda durante o governo Itamar Franco em apenas sete meses. “É um período de transição”, afirmou o ex-presidente. “O importante é atravessar o rio. Essa ponte pode ser uma pinguela, mas é o que temos. O Brasil precisa, com urgência, de reformas. Nossa situação fiscal é muito ruim”, disse.
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Sobre o posicionamento do PSDB com relação ao governo Temer, FHC afirmou que a sigla segue com responsabilidade quanto às reformas pretendidas. “O desastre produzido pelos governos do PT foi inacreditável. Não temos tempo a perder. Como o PSDB votou pelo impeachment, tem agora obrigação de apoiar medidas, mesmo que impopulares”, concluiu.
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também saiu em defesa de Temer. “Na minha avaliação, nem de longe este episódio atinge o senhor presidente da República”, disse o parlamentar durante encontro com prefeitos eleitos pelo partido que acontece em Brasília. Aécio considerou extremamente grave a informação de que Calero, quando ainda era ministro, gravou o presidente para provar que estava sendo pressionado por Temer para atender aos interesses pessoais de Geddel.
Geddel Vieira Lima não resistiu às acusações do ex-ministro da Cultura. Ele foi acusado de pressionar Calero para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizasse a construção de um residencial em uma área nobre tomada em Salvador. Em depoimento à Polícia Federal (PF), Calero também afirmou – em versão confirmada por Temer -, ter conversado sobre o caso com o presidente da República.
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