O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deu nesta segunda-feira (12) um puxão de orelhas em parte seu partido, por conta do apoio de alguns membros da legenda ao petista Arlindo Chinaglia, na eleição para presidência da Câmara dos Deputados, segundo o porta IG. "Nunca vi, em política, fortalecer o adversário", destacou.
FHC considerou o apoio um erro estratégico do PSDB, diz a reportagem. "Vi com tristeza o apoio de parte do PSDB ao PT [na eleição de Chinaglia]." Segundo a reportagem, apesar da crítica, o tucano descartou que o episódio possa ser classificado como um fragmentação ou crise no PSDB.
O ex-presidente também contestou a informação de que a expansão média da economia brasileira da primeira gestão do presidente Lula (PT) foi equivalente a de seu primeiro mandato. "A diferença é que eu só tinha crise financeira mundial e aqui [no governo Lula] não tem nenhuma. "Acho que perdemos tempo [em termos de crescimento]", completou FHC durante um seminário sobre reforma política, promovido pela Associação Comercial de São Paulo.
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O tucano também afirmou que a declaração de apoio do PMDB ao governo Lula significa uma aliança com “objetivos congressuais” bastante claros. Contudo, FHC ponderou que o voto no Congresso não é controlado pelos partidos e fez uma crítica ao PSDB. “Até uma parte da oposição ficou com o governo, para minha tristeza”, declarou. Segundo o ex-presidente, esta decisão “foi um erro estratégico”.
Prefeitura de São Paulo
Questionado se o ex-governador Geraldo Alckmin seria um bom nome no partido para disputar a prefeitura de São Paulo, FHC afirmou: “Ele seria um bom candidato, mas não é o único e não sei se gostaria. Isso não está em discussão agora.” Nesse momento, o tucano estava ao lado do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL).
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