O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu-se com um líder da cúpula do PMDB na última sexta-feira em seu apartamento, no bairro paulistano de Higienópolis, para sondar o interesse do partido de indicar o candidato à vice-presidência na chapa do PSDB, informa o jornalista Josias de Souza em seu blog na Folha Online.
A sondagem surpreendeu o líder peemedebista, que via como certa a coligação PSDB-PFL, com a provável indicação do senador Jorge Bornhausen (SC) para a composição da chapa. Ligado à vertente do partido que defende a candidatura própria do PMDB e com prévias marcadas para 19 de março, ele respondeu a FHC que não há como voltar atrás.
O líder peemdebista disse a Fernando Henrique, no entanto, que uma ala do PMDB, encabeçada pelos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), continua trabalhando com a hipótese de compor com um candidato de outro partido ainda em primeiro turno, mas a preferência recairia no presidente Lula.
Só uma disparada do candidato tucano nas pesquisas, seja ele Geraldo Alckmin ou José Serra atrairia os governistas do PMDB para o lado dos tucanos. A conversa passou, então, à análise das chances de composição no segundo turno.
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Personagem central do processo de escolha do candidato do PSDB, o ex-presidente aproximou-se, nas últimas semanas, do PMDB. Nos encontros, FHC mostra-se convencido de que o partido tornou-se peça chave na disputa eleitoral de 2006.
De outro lado, as negociações entre PSDB e PFL estão avançadas. Não passa pela cabeça de nenhum dos dirigentes pefelistas não indicar o candidato a vice numa composição com os tucanos. Ao contrário, querem acelerar o processo.
Líderes tucanos ouvidos pela reportagem disseram preferir acreditar que as sondagens de Fernando Henrique Cardoso na direção do PMDB têm como alvo apenas o segundo turno. Caso contrário, acreditam, o ex-presidente enfrentará resistências internas.
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