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“Eu sou um privilegiado porque aprendi muitas coisas até aqui. Eu sou um aprendiz. […] Me sinto realizado porque hoje mostramos para o Brasil que isso é democracia”, disse. O deputado justificou a sua ação no início da reunião, quando pediu que um manifestante fosse detido pela Polícia Legislativa da Câmara. “Um parlamentar precisa ser respeitado. Às vezes é preciso tomar medidas como tomamos mais cedo, à luz do regimento interno da Casa”, disse.
O manifestante, identificado como Marcelo Pereira, foi preso pela Polícia Legislativa após gritar no plenário que Feliciano era racista. Ao ser levado pelos policiais, afirmou que só havia sido preso por “ser negro”. Depois, de acordo com a Agência Câmara, Allysson Rodrigues Prata foi detido ao tentar invadir o gabinete do deputado. Manifestantes informaram ao Congresso em Foco que ele foi retirado do local para não entrar na sala.
A reunião desta quarta-feira (27) também começou sob ataque de grupos contrários e a favor da permanência de Feliciano à frente da comissão. Mesmo antes da sessão começar, os dois grupos já ocupavam o plenário da CDH e os corredores das comissões. A reunião foi realizada para uma audiência pública que discutiu a contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da Purificação, na Bahia.
Confusão
Durante a reunião, os manifestantes contrários à permanência de Feliciano à frente da comissão mudaram o local do protesto e foram para a frente do gabinete do deputado, que continuava no plenário da CDH. A intenção deles era chamar a atenção de outras lideranças da Casa para a polêmica.
PublicidadeAo chegarem lá, os manifestantes encontraram seguranças da Casa a postos e houve confronto. Algumas mulheres chegaram a ser agredidas, conforme relatou a estudante Mariana Brites. “A gente chegou e se deparou com os seguranças. Eles agrediram as primeiras pessoas que chegaram aqui. Eu mesma levei um soco no olho”, disse. A Polícia Legislativa impediu que os manifestantes chegassem ao gabinete.
Reivindicação
Além do pedido de destituição de Feliciano do cargo de presidente da CDH, uma das pautas de reivindicação dos movimentos contrários à Feliciano é questionar os partidos que cederam suas vagas na comissão, como PT e PMDB, o que garantiu espaço para que o PSC pudesse indicar outros membros para o colegiado. Atualmente, o partido tem cinco vaas titulares e três suplências.
“Precisamos questionar os partidos que cederam seus espaços. Isso é que levou ao que estamos vivendo hoje. PT e PMDB não darem bola para uma comissão que é sim, importante. O que está acontecendo é também por causa da radicalização do PSC. Será que nossas manifestações não efeito nenhum? Estamos brincando de democracia?”, questionou a psicóloga Tatiana Lionço.
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