As duas únicas agências do Banco do Brasil em Portugal deixarão de lidar com contas de pessoas físicas até o próximo dia 30. Em Lisboa e no Porto, o banco passará a atender apenas pessoas jurídicas. A medida faz parte da nova estratégia da instituição de focar no comércio exterior e “private banking”. Os 8 mil correntistas do BB nas duas principais cidades portuguesas têm duas opções: transferir seus recursos para o CTT, banco postal de Portugal, ou simplesmente encerrar a conta.
A mudança tem causado polêmica. Houve protestos de bancários, sindicalistas e clientes na agência em Lisboa há duas semanas. Alguns correntistas demonstraram nas redes sociais irritação com o encerramento das atividades, outros reclamavam do serviço prestado.
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Mas, para a Associação Nacional de Funcionários do Banco do Brasil (Anabb), o redirecionamento das atividades do Banco do Brasil no território português faz parte do processo de modernização do BB, marcado pela redução de agências e pelo enxugamento de representações com o objetivo de torná-la uma instituição mais sustentável e competitiva. Segundo o banco, o atedimento às empresas brasileiras ou estrangeiras com negócios no Brasil será preservado.
Para o vice-presidente de Relações Institucionais da Anabb, Publio Madruga, esse é um “processo natural dentro do banco” no qual não haverá perdas para o funcionalismo nem para os clientes do BB em Portugal. De acordo com a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, nenhum funcionário brasileiro das agências de Lisboa e Porto será dispensado de suas funções. Apenas os trabalhadores portugueses serão afetados com a reformulação. A instituição avisa: o atendimento a pessoas físicas também deve ser encerrado na França.
No início do ano, o Banco do Brasil começou um processo de fechamento de cerca de 400 agências, parte de uma reformulação que, segundo a direção, é necessária diante da mudança de perfil da instituição, com enfoque em modernização e uso do Internet Banking. A condução do enxugamento das agências, porém, é alvo de crítica da Anabb, que considera que muitos bancários e clientes foram pegos de surpresa. “Naquela situação, o banco não foi feliz”, entende Madruga.
A Anabb é uma das entidades que apoiam o Prêmio Congresso em Foco 2017.
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