Em nota, o MST justificou que a ocupação teve o objetivo de colocar, novamente, em pauta o tema da reforma agrária. “[A intenção] é denunciar as conspirações golpistas de Temer, muitas vezes, articuladas de dentro da propriedade”, informa o movimento, referindo-se ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo o movimento, a fazenda se estende por 1,5 mil hectares, entre os municípios de Duartina, Fernão, Gália e Lucianópolis e que, embora o imóvel pertença à empresa Argeplan, teria ligações com o vice que estaria usando o local para articulações com os políticos do PMDB. Na propriedade, explica o comunicado, existe produção de eucalipto envolvendo mão de obra análoga à escravidão.
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A Argeplan – empresa de engenharia e arquitetura – pertence a João Baptista de Lima Filho. Um porta-voz informou por telefone que as informações passadas pelo MST não têm fundamento e que seriam acusações de interesses políticos. A empresa também informou que já estão sendo tomadas as providências para solicitar a reintegração de posse.
Segundo a Polícia Militar, a ocupação ocorreu por volta das 6h de forma pacífica. Uma viatura chegou a se deslocar até a entrada da fazenda, mas já deixou o local. Até as 12h30 não havia o registro de nenhum incidente.
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