Rodolfo Torres
Por falta de quorum, a sessão que escolheria nesta terça-feira (2) o presidente e o relator da CPI da Petrobras foi adiada. De acordo com o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), a próxima reunião ainda não tem data e será definida pelos líderes partidários. Cabe a Duque, como mais velho, conduzir a primeira reunião.
A sessão do colegiado nem mesmo chegou a ser aberta, conforme destacou o peemedebista, que esperou cerca de 15 minutos para se retirar da sala. Além do parlamentar fluminense, estava presente o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA).
Na manhã de hoje, o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), reuniu-se com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o vice-líder do governo Gim Argello (PTB-DF) e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio. Contudo, a base aliada do governo não consegue chegar a um acordo sobre quem deverá assumir os postos principais da CPI.
Dentre os congressistas cotados para assumir esses cargos de destaque no colegiado, estão a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), e os senadores João Pedro (PT-AM), Paulo Duque e Romero Jucá.
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou que a CPI poderia “criar dificuldades” para a Petrobras, porque executivos da estatal teriam de atender às demandas do colegiado.
Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou que haverá obstrução irrestrita até que a CPI seja instalada. Em outras palavras, a oposição tentará barrar todas as votações no Plenário Senado.
A CPI foi criada com o objetivo de investigar indícios de irregularidade na Petrobras e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). O requerimento de instalação da CPI da Petrobras foi lido no plenário do Senado no dia 15 de maio.