O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou nesta semana para a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, um pedido de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar se o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) fez ameaças ao ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Um novo relator deve ser designado.
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As ameaças do deputado contra Calero teriam sido feitas na época da renúncia do irmão de Lúcio, Geddel Vieira Lima, do cargo de ministro da Secretaria de Governo. Geddel renunciou ao comando da pasta em novembro do ano passado após a denúncia de Calero de que Geddel, então ministro da Secretaria de Governo, pressionava pela liberação de um empreendimento de seu interesse. O ministro exigia que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizasse a construção do prédio La Vue, situado em um bairro histórico de Salvador. Geddel seria proprietário de um apartamento no empreendimento.
O pedido de investigação sobre as ameaças foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dentro do inquérito que apura os R$ 51 milhões em dinheiro vivo apreendidos pela Polícia Federal em um apartamento em Salvador, posteriormente atribuídos à família Vieira Lima.
PublicidadeFachin, relator do caso, entendeu que a suposta ameaça de Lúcio Vieira Lima a Calero não estaria associada ao caso dos R$ 51 milhões. “Ainda que o aludido empreendimento [La Vue] tenha sido utilizado para a lavagem de capitais imputada aos denunciados, tal circunstância, por si só, não seria apta a justificar a apuração conjunta dos fatos”, escreveu o ministro, na decisão em que remeteu o pedido de investigação à presidente do STF.
Caberá a Cármen Lúcia agora decidir se redistribui, por sorteio, o pedido de nova investigação contra Lúcio Vieira Lima.
Com informações da Agência Brasil
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