Fábio Góis
Uma aeronave do Grupo de Transporte Especial (GTE) da Aeronáutica deixou o país neste sábado, às 16h, em direção a Santiago, capital do Chile, transportando o ministro da Justiça daquele país, Jorge Rui Toledo. Por meio de nota à imprensa, o Comando da Força informa que o voo fará escala em Guarulhos (SP), para embarque do procurador-geral da República chileno, Sabas Chahuán. A chegada a Santiago – que foi abalada na madrugada de hoje (sábado, 27) por um forte terremoto – está prevista para as 23h30, no horário de Brasília.
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Depois do terremoto que atingiu, principalmente, a região central do Chile, provocando mais de cem mortes, o governo chileno solicitou ao Brasil apoio de transporte para que as autoridades chilenas, em atividade em território brasileiro, pudessem participar das providências governamentais de resposta à catástrofe. Países como Argentina e Brasil (principalmente em cidades como São Paulo) também sentiram abalos leves no mesmo horário do tremor chileno.
“A Força Aérea Brasileira está pronta, sob a orientação do Ministério da Defesa, para estabelecer uma ligação entre o Brasil e o Chile para auxiliar na ajuda ao país amigo que sofreu esta grande catástrofe”, diz trecho da nota assinada pelo coronel-aviador Jorge Antônio Araújo Amaral, chefe interino de Comunicação Social da Aeronáutica.
Órgãos chilenos e instituições especializadas em tremores de terra e demais fenômenos geológicos já confirmam que o abalo desta madrugada foi mais intenso que o sofrido pelo Haiti, em 12 de janeiro – enquanto o país caribenho registrou tremor de magnitude 7.0 na escala Richter, o do Chile chegou a 8.8, índice considerado altíssimo. As áreas mais populosas do país, onde vivem cerca de 75% da população, foram atingidas. Depois do tremor principal, cerca de 50 abalos secundários já foram registrados, a maioria com magnitude em torno de 6.0.
Ao todo, 147 pessoas morreram, segundo a diretora do Escritório Nacional de Emergência (órgão ligado ao Ministério do Interior do país), Carmem Fernández. Diante da situação alarmante, na manhã deste sábado a presidente chilena, Michele Bachelet, foi a público pedir calma à população, e decretou “estado de catástrofe”, admitindo a gravidade da situação.
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