O dossiê enviado pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral da República (PGR) contém documentos que contrariam a versão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre contas no exterior. Embora ele tenha afirmado que nunca movimentou o dinheiro depositado em uma de suas contas naquele país por um lobista, extratos obtidos mostram o contrário. Só no ano passado, os recursos foram movimentados duas vezes. As informações são da Folha de S.Paulo.
Segundo a reportagem, a primeira movimentação foi para aplicar em ações da Petrobras e a outra para transferir montante para uma conta de uma empresa em Cingapura, em qual Cunha é beneficiário.
Investigado pela Operação Lava Jato, o lobista João Augusto Henriques contou, em delação premiada, que depositou 1,3 milhão de francos suíços em uma conta do peemedebista. O pagamento foi em decorrência da intermediação de Cunha na venda de um campo de petróleo na África para a Petrobras.
A PGR diz que o depósito é evidência de que o presidente da Câmara atuou no esquema de corrupção da estatal. Na semana passada, Cunha disse que administradores da conta o informaram da transferência dos recursos em 2012, mas que ele orientou manter o dinheiro parado, até que alguém reclamasse a posse.
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