Coordenada pelo jornalista Ricardo Melo, a empresa tem um orçamento de R$ 530 milhões. Melo foi nomeado por Dilma poucos dias antes da presidente ser afastada do Planalto. O governo interino tentou trocar a direção da EBC, mas uma liminar do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), reconduziu o jornalista. Desde então, alguns ministros, como o da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, passaram a defender que Temer extingua a estatal.
Geddel disse ao O Globo, que o governo não precisa de uma empresa para “autopromoção” e que basta o presidente ter uma estrutura para os registros históricos, por exemplo. Para ele, só deve existir uma estrutura para dar informação e não fazer autopromoção. O ministro ressalta, porém, que essa é uma opinião pessoal, mas que está ganhando corpo no governo.
A presidente do Conselho Curador da EBC, Rita Freire, reagiu às declarações do ministro e disse que a proposta é uma “temeridade”. Segundo a jornalista, a empresa está sob “forte ataque” na gestão de Temer e o Conselho deverá se pronunciar mais uma vez em defesa da EBC.
O principal entrave à extinção do órgão é o extenso corpo de servidores concursados que compõem a estatal, cerca de 2.000 funcionários. Outra proposta seria a reformulação da EBC de maneira a estipular parcerias com outras TVs controlados por governos estaduais, como a TV Cultura, de São Paulo. É discutida ainda a possibilidade de retirar da EBC o viés político, focando a programação em prestação de serviços, como a TV Escola, do Ministério da Educação.
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