O Comando do Exército confirmou há pouco a morte de quatro militares brasileiros no Haiti em decorrência do terremoto que atingiu 7 graus na escala Richter no país ontem (12). São eles: o 1º tenente Bruno Ribeiro Mário, o 2º sargento Davi Ramos de Lima, o soldado Antônio José Anacleto e o soldado Tiago Anaya Detimermani, todos do 5° batalhão de Infantaria Leve, em Lorena (SP). Atualmente, 1.266 militares brasileiros participam de uma missão de paz da Organização das Unidas no País (ONU) no Haiti, país mais pobre das Américas.
O Exército também informou que há pelo menos mais cinco militares feridos: o tenente-coronel Alexandre José Santos; o capitão Renan Rodrigues de Oliveira; 3º sargento Danilo do Nascimento de Oliveira; o cabo Eugênio Pesaresi Neto e o soldado Welinton Soares Magalhães.
O anúncio foi feito pelo general Carlos Alberto Neiva Barcellos, chefe da Comunicação Social do Exército. “O Exército brasileiro, consternado e imbuído do mais alto sentimento de solidariedade, está empenhado em prestar todo apoio necessário às famílias dos militares vitimados pela tragédia”, disse o general em comunicado. Segundo ele, não há previsão de quando os corpos das vítimas serão trazidos para o Brasil.
Ainda não há informações de quantas pessoas morreram em função do terremoto no Haiti. O tremor, o mais forte registrado no país nos últimos 200 anos, deixou rastro de destruição por todas as partes e pode ter provocado milhares de mortos, conforme relato das agências internacionais de notícia.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, viajarão hoje para o país, localizado na América Central. Pelo menos uma das instalações da missão brasileira desabou completamente.
De acordo com os militares brasileiros, o aeroporto da capital, Porto Príncipe, permaneceu fechado durante a última noite. O sistema de telefonia está comprometido, o que dificulta o repasse de informações.
Segundo as agências de notícia, o terremoto destruiu o palácio presidencial e a sedes do Banco Mundial, além de milhares de casas. Os prédios da Receita Federal, dos ministérios do Comércio e das Relações Exteriores também foram danificados.
O secretário da ONU para Operações de Paz, Alain Le Roy, afirmou que a sede da organização no Haiti foi gravemente afetada e que diversos funcionários estão desaparecidos, de acordo com a Agência Brasil.
A missão de paz foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004 na tentativa de restaurar a ordem no Haiti, depois de um período de insurgência com a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.
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