Rodolfo Torres
O Exército hondurenho cercou nesta terça-feira (22) a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, capital de Honduras. A representação diplomática brasileira abriga desde ontem o presidente destituído daquele país, Manuel Zelaya, além de familiares e assessores dele (leia mais).
Foram cortados água, luz e telefone da embaixada, que atualmente mantém um gerador a óleo diesel. De acordo com a BBC Brasil, manifestantes favoráveis a Zelaya que estavam do lado de fora da representação brasileira em Honduras foram retirados hoje pelo Exército e pela polícia hondurenhos com gás lacrimogêneo e balas de borracha.
Veja reportagem da TV Telesur sobre a retirada dos manifestantes:
De nova York, onde se prepara para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Lula afirmou que conversou pela manhã com Zelaya. O petista pediu ao hondurenho que ele não dê pretexto para que sejam praticados atos violentos contra a Embaixada do Brasil.
“Não podemos aceitar que, por divergências políticas, as pessoas se achem no direito de depor um presidente democraticamente eleito”, afirmou Lula.
Enquanto isso, a Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro realizará uma reunião extraordinária nesta terça-feira, a partir das 15h, para discutir a situação em Honduras.
Manuel Zelaya foi deposto do governo no dia 28 de junho, após tentar convocar um referendo para continuar no comando da nação. Com o apoio de militares, do Judiciário e do Congresso de Honduras, o presidente da Câmara daquele país, Roberto Micheletti, assumiu a presidência.
O Congresso em Foco esteve em Honduras, em julho, logo após o golpe de Estado. Leia aqui todas as reportagens especiais sobre o assunto publicadas pelo site.
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