O diretor de Óleo e Gás da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, disse à Polícia Federal que pagou propina ao Partido Progressista (PP) mediante extorsão do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os dois ameaçaram prejudicar a construtora nos contratos em andamento na Petrobras caso não recebessem os pagamentos. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, Erton contou que foi procurado em meados de 2010 pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), que morreu em setembro daquele ano. Um dos réus no processo do mensalão, Janene comandava o esquema de propinas destinado ao PP, segundo o executivo da empreiteira.
Erton disse estar disposto a participar de uma acareação com Paulo Roberto e Youssef, que, de acordo com ele, assumiram as negociações após a morte do ex-deputado paranaense. De acordo com o repórter Flávio Ferreira, o executivo negou que a empresa tenha formado cartel com outras empresas ou que tenha pago propina para ganhar licitações. Ele ressaltou que os pagamentos eram feitos para evitar prejuízo nos contratos já em execução. O diretor da Galvão faz parte do grupo de 23 executivos presos na Superintendência Regional da PF no Paraná.
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