Até então restrito aos partidos integrantes da base governista, o caso do desvio de verbas da Petrobras – esquema operado pelo ex-diretor de Abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Yousseff – começou a fazer suas estragos também entre os oposicionistas. De acordo com declarações de Paulo Roberto na delação premiada, o ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões em propinas, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.
Em julho de 2009, segundo relato do Estadão sobre as informações prestadas pelo ex-diretor da estatal, o então senador por Pernambuco procurou Paulo Roberto Costa para cobrar R$ 10 milhões para que a CPI da Petrobras, instalada à época, fosse encerrada. O senador era um dos 11 membros da comissão e um dos três integrantes da oposição que acusavam o governo de tentar impedir as investigações. Segundo o delator, Guerra iria utilizar o dinheiro para a campanha de 2010. O ex-senador morreu este ano vítima de um câncer.
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Paulo Roberto explicou aos policiais federais que a extorsão foi para abafar as descobertas de irregularidades nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – alvo de esquema que levou o ex-diretor a ser investigado e preso. O dinheiro, ainda segundo o delator, foi pago pela empreiteira Queiroz Galvão. A empresa faz parte do consórcio C II Ipojuca Interligações, contratado por R$ 2,7 bilhões para uma etapa da Abreu e Lima.
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