O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine foi denunciado por corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, embaraço à investigação e organização criminosa. Junto com Bendine, o Ministério Público Federal também denunciou os operadores André Gustavo e Antonio Carlos Vieira da Silva, o doleiro Álvaro Novis, bem como o ex-presidente da empreiteira Odebrecht Marcelo Odebrecht e o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis.
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O ex-presidente da estatal foi citado nas delações de Marcelo Odebrecht e de Fernando Reis. Segundo os delatores, a Odebrecht AgroIndistrual tinha pedido um financiamento de R$ 600 milhões ao Banco do Brasil. Para facilitar a transação, Bendine teria pedido, então, R$ 17 milhões para ajudar a empresa e também para minimizar sobre o grupo as consequências da Operação Lava Jato.
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Por entender que Bendine não tinha poder para influenciar na rolagem do empréstimo, a empresa decidiu não pagar os R$ 17 milhões. No entanto, aceitou repassar, posteriormente, R$ 3 milhões para garantir seus interesses na Petrobras, disseram os delatores aos procuradores. A denúncia mostra que os pagamentos foram feitos em três repasses de R$ 1 milhão, entre junho e julho de 2015, por meio de contratos fictícios de consultoria junto a uma empresa laranja.
Na época, Bendine já ocupava a Presidência da Petrobras. No entanto, presidiu o Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, quando saiu para substituir Graça Foster na presidência da Petrobras.
Essa é a primeira denúncia com base nas delações da Odebrecht. Caso o juiz Sérgio Moro, responsável pela operação na primeira instância, aceite as acusações do Ministério Público, Bendine passará à condição de réu na Lava Jato. Bendine foi preso em 27 de julho, na 42ª fase da Operação Lava Jato denominada Operação Cobra.
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