De acordo com a acusação, o ex-prefeito movimentou irregularmente R$ 28,8 milhões entre 2011 e 2012, quando esteve à frente da Prefeitura de Marília. Ele confirmou a informação em depoimento, mas alegou que a instituição tinha déficit em caixa de R$ 8 milhões quando tomou posse. Segundo a Procuradoria, esse é desfalque é usado como desculpa por José Ticiano para dar consecução às fraudes iniciadas por seu antecessor no cargo, Mário Bulgareli (PDT).
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Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Bulgareli renunciou depois de acusações de irregularidade e está entre os denunciados pela MPF. O pedetista, que comandou a Prefeitura de Marília entre janeiro de 2005 e março de 2012, é acusado de ter desviado R$ 28,2 milhões em seu segundo mandato. A verba deveria ter ficado à disposição do Fundo Municipal de Saúde para o custeio de rotina em escolas e folha de pagamento, por exemplo.
Ainda de acordo com o MPF, três ex-secretários da Fazenda foram incluídos entre os denunciados, por acatarem ordens dos ex-prefeitos sem denunciá-los às autoridades. Responsável pela denúncia, o procurador da República Jefferson Aparecido Dias pediu a condenação dos cinco envolvidos por crime de responsabilidade, além da devolução de R$ 33,2 milhões aos cofres públicos – valor subtraído do erário sem a devida devolução.