Ele foi indicado à Justiça eleitoral pelo STF no último dia 5. O TSE é composto por sete ministros titulares na seguinte proporção: três fazem parte do Supremo, dois são do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois são juristas nomeados pelo presidente da República, entre advogados indicados em lista tríplice enviada pela mais alta corte do país. Essa mesma distribuição se aplica aos substitutos.
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Por ser suplente, Alexandre de Moraes só será chamado a participar do julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer se um dos titulares do STF faltar ou se declarar impedido. Os titulares do Supremo no TSE são Gilmar Mendes e Luiz Fux (atuais presidente e vice do tribunal eleitoral) e Rosa Weber. Na suplência, assim como Moraes, figuram Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.
Alexandre de Moraes chegou ao Supremo após muita polêmica, tanto por denúncias de plágio e de má-gestão contra o então ministro da Justiça, quanto por suas ligações políticas com Temer e o PSDB, partido ao qual foi filiado até ter seu nome indicado para a mais alta corte do país.
Temer já indicou dois titulares para o TSE que participarão do julgamento que pode cassar o seu mandato: Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho. Os dois advogados vão substituir Luciana Lóssio e Henrique Neves. O julgamento deve ser reiniciado em maio, após pedido de adiamento feito pela defesa da ex-presidente Dilma.
No STF, Moraes herdou cerca de 7 mil processos que estavam com Teori, como a descriminalização do porte de drogas e a validade de decisões judiciais que determinam o fornecimento de medicamentos de alto custo na rede pública de saúde. Antes de assumir o Ministério da Justiça, a convite de Temer, ele foi secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo no governo Geraldo Alckmin, cargo que exerceu de janeiro de 2015 a maio de 2016.
PublicidadeTemer nomeia segundo ministro que participará de seu julgamento no TSE