O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, responsável pela implantação do programa Mais Médicos, foi hostilizado nessa sexta-feira (15) em um restaurante na região nobre dos Jardins, em São Paulo. O episódio foi registrado em vídeo por um dos acompanhantes do “manifestante”, o advogado Danilo Amaral, que compartilha em sua página no Facebook mensagens de ataques ao governo Dilma.
Danilo bate com uma faca em uma taça e pede “um minuto da atenção” dos clientes do restaurante: “Queria saudar aqui hoje, dizer que temos a ilustre presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padrilha (sic)…Padilha, que nos brindou com o Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável por gastos de R$ 1 bilhão que nós, otários, pagamos até hoje. Parabéns, ministro.”
Pessoas que acompanhavam o advogado o aplaudiram. O ex-ministro, que atualmente é secretário municipal de Relações Institucionais, rebateu: “63 milhões de pessoas atendidas, 63 milhões”.
Veja o vídeo:
No Facebook, à noite, Padilha classificou o episódio como “inaceitáveis instantes de intolerância” e respondeu à provocação com um longo texto, em que elogia o Mais Médicos.
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“Toda vez que uma pessoa que nitidamente nunca passou pela dificuldade de não ter médico no seu bairro, comunidade ou família faz um gesto de ódio ao #MaisMédicos, fico mais orgulhoso do programa que criei e implantei e de toda luta contra a intolerância, arrogância e descompromisso com os que mais precisam que empreendi quando Ministro da Saúde do Brasil”, escreveu.
PublicidadeO ex-ministro da Saúde destacou que, com a nova etapa, o programa chegou a mais de 18 mil médicos que podem atender mais de 63 milhões de brasileiros que não tinham acesso a esse tipo de profissional.
Padilha não é o primeiro ex-integrante do governo Dilma a ser hostilizado em ambiente público na capital paulista este ano. Em fevereiro, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega também foi constrangido dentro do Hospital Albert Einstein, onde acompanhava sua mulher, que fazia tratamento de um câncer. “Não tem vergonha na cara?”, indagou um dos pacientes do Einstein. “Safado”, disse outro. “Vai para o SUS”, provocou um terceiro.
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