Oito governadores de oposição que assumiram neste mês as administrações estaduais herdaram mais de R$ 7,4 bilhões em dívidas deixadas pelos antecessores, informa reportagem da Folha de S. Paulo. Alguns deles terão de recorrer a repasses federais para honrar os primeiros compromissos por causa do saldo negativo e dificuldades para arcar com a folha de pagamento. A situação mais grave é a do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), que afirma ter herdado de seu antecessor, Agnelo Queiroz (PT), um rombo de R$ 3,1 bilhões no caixa do Distrito Federal.
Rollemberg já pediu ao Ministério da Fazenda a antecipação de R$ 400 milhões para ajudar a pagar a folha de pagamento da saúde, educação e segurança pública. A Folha também destaca as dificuldades enfrentadas pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Segundo ele, a dívida deixada por Roseana Sarney (PMDB) passa de R$ 1 bilhão, quase 10% do orçamento do estado para este ano. Dino anunciou o bloqueio de 30% das despesas de custeio.
No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) suspendeu por seis meses os pagamentos pendentes de seu antecessor, Tarso Genro (PT) e limitou despesas de servidores com viagens e hospedagens.
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