No fim de 2010, quando Luiz Inácio Lula da Silva ainda era presidente da República, o assessor dele Rogério Aurélio Pimentel realizou pagamentos em dinheiro vivo para quitar despesas de obras realizadas no sítio em Atibaia (SP), frequentado pelo petista e seus familiares. As informações são da Folha de S.Paulo.
Pimentel foi um dos investigados conduzidos para prestar depoimento à Polícia Federal na 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última sexta (4). De acordo com a publicação, segundo Carlos Rodrigues do Prado, dono da pequena empreiteira Rodrigues do Prado, responsável pelas reformas no sítio, o então auxiliar do presidente Rogério Aurélio Pimentel fez repasses em espécie em favor da construtora que totalizaram R$ 167 mil entre o fim de 2010 e meados de janeiro de 2011.
Questionado pela reportagem onde era possível encontrar o ex-assessor presidencial, o dono da pequena empresa respondeu: “Pergunte ao Lula”. Pimentel deixou o posto de funcionário do gabinete pessoal de Lula em fevereiro de 2011, quando as obras no sítio já tinham acabado. A informação foi confirmada no depoimento do engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa, que também trabalhou na obra. A oitiva dele foi usada pelo Ministério Público para embasar a 24ª fase da operação, diz a Folha.
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A publicação afirma que no testemunho prestado por Barbosa, Emyr Diniz Costa Junior, diretor de Contratos da Construtora Norberto Odebrecht, foi apontado como o superior da empresa que pediu a atuação dele nas obras do sítio. O engenheiro também afirmou que a Odebrecht forneceu e pagou 15 funcionários para reforçar a equipe de Prado nos serviços no imóvel.
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