Na edição on line de ontem (12) do Congresso em Foco, foi revelado que, segundo o relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, a bancada evangélica do Congresso recebeu 58% do total da propina repassada a parlamentares envolvidos no esquema. Dos 66 congressistas ligados a igrejas evangélicas tradicionais ou neopentecostais, 23 foram denunciados pela comissão. Desses, 10 pertencem à Igreja Universal do Reino de Deus e nove à Assembléia de Deus.
Juntos, eles receberam cerca de R$ 5,3 milhões dos R$ 9 milhões que a família Vedoin, dona da Planam, afirma ter pago como "comissão" pela apresentação de emendas individuais. Para Walter Pinheiro (PT-BA), da Igreja Batista, não há envolvimento da bancada na fraude, mas de pessoas que usaram as igrejas para montar um esquema eleitoral.
Outro dado apresentado pelo relatório é o de que Lino Rossi (PP-MT), que foi eleito com o apoio da bancada batista, teria sido o primeiro parlamentar a fazer contato com a Planam.
De acordo com o documento, foi Lino Rossi quem teria apresentado os Vedoin a boa parte dos que mais tarde viriam a integrar a máfia. Além disso, dos evangélicos, Rossi foi quem mais lucrou com a fraude (R$ 3,1 milhões). Depois dele, o evangélico que levou a maior propina foi Nilton Capixaba (PTB-RO), com R$ 646 mil.
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Relação dos evangélicos acusados pela CPI dos Sanguessugas (lista feita pelo jornal Folha de São Paulo):
Adelor Vieira (PMDB-SC)
Agnaldo Muniz (PP-RO)
Almeida de Jesus (PL-CE)
Almir Moura (PFL-RJ)
Cabo Júlio (PMDB-MG)
Carlos Nader (PL-RJ)
Edna Macedo (PTB-SP)
Isáias Silvestre (PSB-MG)
João Batista (PP-SP)
João Mendes de Jesus (PSB-RJ)
Jorge Pinheiro (PL-DF)
José Divino (S.part-RJ)
Josué Bengtson (PTB-PA)
Lino Rossi (PP-MT)
Marcos de Jesus (PFL-PE)
Neuton Lima (PTB-SP)
Nilton Capixaba (PTB-RO)
Pastor Amarildo (PSC-TO)
Raimundo Santos (PL-PA)
Reginaldo Germano (PP-BA)
Vieira Reis (PRB-RJ)
Wanderval Santos (PL-SP)
Magno Malta (PL-ES)
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