A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse hoje (13) que vê com preocupação a atuação de grupos como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nas fronteiras dos países da América do Sul. Em visita ao Brasil, a secretária também defendeu a iniciativa do presidente Lula de criar um conselho de segurança regional, afirmando que há um modelo parecido entre os EUA, o México e o Canadá.
“Fronteiras são importantes, mas não podem ser um meio para fornecer abrigo aos terroristas que agem para matar civis inocentes. Talvez esta seja a hora de a região rever a segurança nas regiões fronteiriças. Os Estados Unidos serão parceiros dessa iniciativa”, disse a secretária durante entrevista coletiva.
“Somos favoráveis a qualquer tipo de cooperação regional que se pode ter. É sempre bom melhorar os instrumentos para dar mais habilidade de enfrentar crises. Não vemos problemas com a proposta e confiamos na liderança do Brasil”, acrescentou.
Ela defendeu a posição da Colômbia na atuação para reprimir os rebeldes das Farc no Equador e afirmou que os EUA estão orgulhosos de serem parceiros do país na luta contra o narcotráfico.
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A secretária se encontrou com o presidente Lula e com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pela manhã e assinou um plano de ação conjunta contra a discriminação racial para promover a igualdade étnico-racial no Brasil e nos EUA. Condoleezza segue agora à tarde para Salvador.
Manifestantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) protestaram contra a presença da secretária no país. Cerca de 200 estudantes se reuniram em frente ao Itamaraty e seguiram em passeata até o Palácio do Planalto para manifestar contrariedade com a guerra do Iraque. (Tatiana Damasceno)