“Bendine é um nome sem prestígio e condições de reerguer a empresa. Ele não tem currículo que o credencia e só está onde está pois sempre foi subordinado a questões políticas. Os nomes que poderiam ajudar não aceitam a missão porque Dilma não dá autonomia para uma gestão eficiente e transparente na Petrobras”, afirmou o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
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Para o demista, a crise gerada pela investigação da Operação Lava Jato chegou ao Palácio do Planalto. “Insisto em dizer: o problema subiu para um patamar acima da Petrobras. Enquanto Dilma não esclarecer as denúncias que envolvem a sua campanha eleitoral com os desvios na empresa, essa crise não vai ser resolvida e os mercados continuarão duvidando das credenciais e da credibilidade de quem vier a assumir a Petrobras”, disse.
Já o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), classifica a escolha de Bendine como uma “solução caseira”. Na quarta-feira (4), Dilma se reuniu com a então presidenta da Petrobras Graça Foster e acertou um cronograma de saída com a engenheira. No entanto, acabou surpreendida com o pedido de renúncia apresentado no dia seguinte. Com dificuldade para encontrar nomes no mercado, a alternativa foi mover Bendine do Banco do Brasil.
“Esperava-se um nome com menor ligação com o Palácio do Planalto, mas o governo Dilma está tão desacreditado que se tornou difícil achar alguém que queira fazer parte dele”, afirmou. Para ele, o ex-presidente do BB terá como principal função blindar Dilma e o ex-presidente Lula das investigações. “A indicação dele sinaliza também que a interferência do governo na estatal irá continuar”, comentou.
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