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Segundo a reportagem, a agência é utilizada “como guerrilha digital a favor do governo e contra os assim declarados inimigos da causa”, e faria tudo o que o PT não pode fazer diretamente, devido a restrições da Justiça Eleitoral, em campanhas eleitorais ou em redes sociais. Com contrato firmado com o PT, a empresa prestou serviço às duas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff, em 2010 e em 2014.
Época lembra que a Pepper está sob investigação, no âmbito do STJ, da Operação Acrônimo, que apura evidências de esquema de lavagem de dinheiro e corrupção no poder público em Minas Gerais e envolve o governador do estado, Fernando Pimentel, e operadores do PT. “Época já mostrou que a dona da Pepper, Danielle Fonteles, é investigada por intermediar pagamentos do BNDES para a mulher do governador Fernando Pimentel, Carolina Oliveira, no período em que ele era ministro de Dilma e chefiava o banco”, diz trecho da reportagem, ressaltando que a mesada “não parece” ser ilegal.
A revista lembra ainda ter revelado que o criador de Dilma Bolada chegou a exigir R$ 500 mil da campanha à reeleição da presidenta para manter o personagem ativo. O perfil chegou a ser retirado do ar, recorda a publicação, mas Jeferson teria mudado de ideia e o recolocou na rede. “Quando Época revelou o caso, Bolada, ou Jeferson Monteiro, desceu do salto, fez um barraco, reafirmou que a personagem ‘não estava à venda’ – e não recebeu um real do tesoureiro João Vaccari, amigo de Dani [Fonteles]. A mesada de R$ 20 mil, intermediada pela Pepper, surgiu logo depois, como ‘agrado’, nas palavras de um alto dirigente petista. Começou a ser paga neste ano. O dinheiro sai das contas do PT, entra na Pepper e segue para a empresa do publicitário”, diz outro trecho da reportagem.
Com a repercussão da matéria deste fim de semana, ataques contra Dilma Bolada já surgem com força na internet. E o próprio Jeferson fez questão de explorar a polêmica nas redes sociais. O publicitário retrucou comentários do pastor Silas Malafaia, oposicionista declarado do governo petista. Chamando Jeferson de “bandido”, o líder religioso fez um registro no Twitter comentando a mesada paga pela Pepper. O acusado rebate, e ainda registra os posts no Facebook, sob a exclamação “FATALITY!”. “@PastorMalafaia, todo o dinheiro que ganho é fruto do meu trabalho e declarado. Bandido é quem extorque em nome de Deus e com isenção fiscal!”, diz o publicitário.
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