Pelo menos três políticos envolvidos com o esquema de propina revelado pela Operação Caixa de Pandora, em 2009, devem ficar inelegíveis com a confirmação da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os ex-deputados distritais Junior Brunelli e Leonardo Prudente e o ex-vice-governador Paulo Octávio renunciaram aos cargos para evitar processos de cassação.
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Turma da renúncia já enquadrada pela ficha limpa
Com a prisão do então governador do Distrito Federal José Roberto Arruda em fevereiro de 2010, Paulo Octávio assumiu interinamente a chefia do Executivo local. Logo depois, a seção brasiliense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) entrou com um processo por crime de responsabilidade na Câmara Legislativa. Após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aceitar o pedido de impeachment, Paulo Octávio renunciou ao cargo em 23 de fevereiro.
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Três dias depois, Leonardo Prudente renunciou ao mandato de deputado distrital. Enfrentando um processo por quebra de decoro parlamentar, ele já tinha deixado a presidência da Câmara Legislativa na tentativa de amenizar a pressão que sofria. Ele foi flagrado em vídeo colocando dinheiro de propina nas meias. Na época, o ex-deputado, que era do DEM, disse que o dinheiro era caixa 2 de campanha.
Veja o vídeo de Leonardo Prudente guardando dinheiro na meia
Câmara do DF oficializa renúncia do deputado da meia
Em março, foi a vez de Júnior Brunelli renunciar. Enfrentando um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara Legislativa, preferiu abandonar o cargo do que correr o risco de perder os direitos políticos. Ele ficou conhecido nacionalmente por conta de um dos vídeos divulgados por Durval Barbosa, ex-secretário do governo local e delator do esquema. Brunelli aparece fazendo a “oração da propina” junto com Barbosa e Prudente.
Veja o vídeo de Júnior Brunelli puxando a oração da propina
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