Celina Leão, por sua vez, afirmou nesta quinta-feira (18) que não irá se licenciar da presidência da Câmara, tampouco de seu mandato. “Quem tinha que sair da Mesa Diretora já saiu”, afirmou a presidente da casa em alusão à renúncia da então vice-presidente, Liliane Roriz (PTB), que gravou áudios de Celina combinando supostos esquemas fraudulentos.
Leia também
Entenda o caso: Deputadas de Brasília brigam em público por desvio em emendas
“O afastamento imediato do cargo propiciará, a um só tempo, a preservação da instituição Câmara Legislativa e o distanciamento indispensável para que a Deputada preste os esclarecimentos cabíveis, inclusive com relação à acusação de que haveria um “complô” contra si comandado pela também Deputada Liliane Roriz”, diz a nota assinada por sete organizações.
A iniciativa de pedir o afastamento de Celina Leão foi encabeçada pelas entidades: Grupo Governo Aberto DF, Grupo Nós Que Amamos Brasília, Iniciativa Erga Omnes, Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), Movimento Nossa Brasília, Observatório Social de Brasília e SOUL Paranoá.
O pleito das entidades é reforçado pelo diretório local do Partido dos Trabalhadores e pelo deputado Chico Vigilante (PT). “Toda a Mesa Diretora tem que sair imediatamente até que as denúncias sejam elucidadas”, defendeu o parlamentar.
Cassação
O IFC, que administra o projeto Adote Um Distrital, é o instituto responsável por pedir a cassação da deputada Liliane Roriz. A denúncia é baseada na condenação dela por improbidade administrativa.
Em maio deste ano, a Justiça do Distrito Federal aceitou denúncia contra Liliane Roriz por lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia do Ministério Público, a deputada recebeu dois apartamentos em Águas Claras, bairro de classe média do DF, fruto de crimes contra a administração pública. Por unanimidade, o Conselho Especial do Tribunal de Justiça local decidiu tornar a parlamentar ré no processo. Os promotores alegam que os imóveis foram dados a Liliane em troca de favores políticos.