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Também estão sob suspeita as participações do BTG Pactual, do falido banco BVA e do Grupo Bertin. Um dos empréstimos é alvo de maior interesse por parte dos investigadores. Realizado em 2012, foram concedidos R$ 101,5 milhões em nome da São Fernando Energia 1, do Grupo São Fernando. A operação foi feita de forma indireta, por meio dos bancos BTG Pactual e Banco do Brasil, que assumiram os riscos como agentes financeiros do repasse.
Três anos depois, em 2015, o BNDES e o Banco do Brasil pediram a falência das empresas de Bumlai por inadimplência. O pecuarista está preso em Curitiba desde novembro de 2015 por determinação do juiz Sergio Moro. Na época de sua condenação, o amigo de Lula tinha uma dívida de R$ 1,2 bilhão.
Ao todo, Bumlai fez seis pedidos de empréstimo ao BNDES, dos quais três foram concedidos. Antes daquele efetuado em 2012, outros dois, realizados em 2008 e 2009, somaram R$ 395,1 milhões. O valor foi destinado à construção da usina São Fernando Açúcar e Álcool, em Dourados (MS), e até hoje foram pagos de volta R$ 252 milhões. Todos esses registros são encontrados nos documentos enviados pelo banco ao Ministério Público Federal, em dezembro de 2015.
Além destes registros, foram compartilhados com procuradores do DF materiais apreendidos na 21ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Passe Livre – referência ao livre acesso que o pecuarista tinha no Planalto, nos governos Lula. Na capital, os documentos estão sob análise da procuradora Sara Moreira de Souza, da área cível, e Claudio Drewes José de Siqueira, da área de combate à corrupção. A nova frente de investigação, em parceria com a Lava Jato, pode gerar novos processos contra o pecuarista.
Leia a reportagem completa no jornal O Estado de S.Paulo
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