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O valor dos empréstimos contraídos pelo empresário Marcos Valério Fernandes pode ser quatro vezes maior do que ele admite. Extratos bancários analisados por peritos do Ministério Público indicam que entraram, somente a título de empréstimos, R$ 210 milhões nas contas da agência de publicidade SMP&B no Banco Rural nos últimos cinco anos. Desse total, R$ 18,5 milhões foram contabilizados ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. A informação foi publicada no último fim de semana pela revista Istoé. A CPI e o Ministério Público suspeitam da ocorrência de fraude contábil, montada com a conivência do Banco Rural, para justificar a origem do dinheiro que entrou nas contas das empresas de Valério. Em entrevista à rádio CBN, Valério contestou a reportagem e manteve a versão de que o valor dos empréstimos contraídos a pedido do PT é de R$ 55 milhões. A CPI dos Correios tem indícios de que o empresário não está dizendo a verdade. De acordo com o sub-relator de sistema financeiro da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), há pelo menos 12 empréstimos bancários feitos pelas empresas de Valério entre fevereiro de 2003 e outubro de 2004. O valor das transações, segundo ele, seria de R$ 96 milhões – quase o dobro da quantia assumida pelo empresário. |