Acusado de envolvimento na morte do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, o empresário Ronan Maria Pinto disse que nunca contribuiu para as campanhas eleitorais do PT nem foi vítima de extorsão. Segundo ele, a administração do município do Grande ABC nunca lhe cobrou propina em troca da exploração de serviços públicos. O empresário do ramo de transportes está depondo neste momento na CPI dos Bingos.
De acordo com denúncia do Ministério Público, Ronan teria envolvimento com a contabilidade paralela instalada em setores da administração municipal, entre 1997 e 2002. O MP sustenta que o prefeito foi morto ao tentar desmantelar a quadrilha que agia em sua gestão. O empresário foi denunciado pelo Ministério Público por crimes de concussão e formação de quadrilha em Santo André.
Ronan disse que mantinha apenas "relações institucionais" com Celso Daniel. Ele afirmou que sua relação com Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, suspeito de ter participado do assassinato do prefeito, foi rompida em 2003, quando os dois deixaram de ser sócios.
O empresário confirmou que é amigo do ex-secretário municipal Klinger Luiz Oliveira, acusado de desviar recursos da prefeitura durante a gestão de Celso Daniel. Sombra e Klinger devem depor ainda hoje na CPI dos Bingos.
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