A CPI do Apagão Aéreo do Senado ouve hoje (21) a empresária paranaense Sílvia Pfeiffer, que denunciou um esquema de corrupção envolvendo várias empresas e a Infraero, estatal que administra os aeroportos do país. Ela é ex-funcionária da Aeromídia, a quem acusa de servir de fechada para desviar recursos públicos que, segundo disse, alimentaram também campanhas políticas.
No depoimento, ela repetiu várias das declarações que prestou à Polícia Federal, em 2005, e na entrevista que concedeu à revista Istoé, em abril deste ano. A empresária, no entanto, não apresentou nada que provasse suas afirmações.
Pfeiffer voltou a citar nomes de políticos e empresários supostamente envolvidos no esquema, como havia dito na entrevista, como do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu. De novidade, surgiu o nome do deputado Antônio Palocci (PT-SP), que, segundo ela, também intermediava contratos de obras nos aeroportos. Pfeiffer declarou ainda que um emissário do publicitário Duda Mendonça pediu para que ela queimasse documentos comprometedores.
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A empresária paranaense também voltou a falar no nome de Mônica Zerbinato, ex-secretária do presidente Lula, no Palácio do Planalto, que deixou recentemente o cargo. Segundo Sílvia Pfeiffer, Mônica seria intermediária de obras em aeroportos em troca de propina, que seria destinada ao PT. Mais uma vez, contudo, ela não apresentou nenhuma prova. Muitas de suas declarações foram baseadas em “ouvi falar” ou “me contaram”.
A sessão no Senado não despertou a curiosidade de muitos parlamentares, devido aos desdobramentos do caso Renan Calheiros, que esquentou o clima político na Casa. A deputada Luciana Genro (Psol-RS), integrante da CPI do Apagão Aéreo na Câmara e que pediu, sem sucesso, a sua convocação na comissão composta por deputados, acompanha a sessão. (Lucas Ferraz)
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