A empresa Fimatec Comércio e Representações, ligada ao atual ministro interino do Trabalho, Helton Yomura, foi processada 22 vezes na Justiça do Trabalho, aponta o jornal O Estado de S. Paulo deste sábado (3). A empresa, que tinha Yomura como parte do quadro societário até agosto de 2015, foi condenada a pagar indenizações a ex-funcionários pelo menos oito vezes. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, os “eventuais processos antes ou depois da saída do secretário executivo da sociedade, são de responsabilidade da empresa e dos seus atuais sócios”.
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Segundo a reportagem do Estadão, o contrato social da Fimatec mostra que as cotas que eram do ministro interino foram passadas a dois sócios com o mesmo sobrenome, mas o ministério não informou qual o grau de parentesco entre os dois sócios e Yomura.
Helton Yomura, filiado ao PTB, é apontado como um dos nomes que o partido poderá indicar para a pasta. O ministério do Trabalho foi alvo das atenções durante o começo do ano, após a indicação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para a chefia da pasta. Após os processos trabalhistas da deputada virem à tona, a posse dela foi impedida na Justiça durante mais de um mês, até que o partido decidiu voltar atrás na indicação no nome.
PublicidadeEm reunião no Palácio do Planalto no fim de fevereiro, o presidente do PTB, Roberto Jefferson comunicou ao presidente Michel Temer (MDB) a desistência da indicação da filha. O PTB deve indicar novo nome na reforma ministerial das próximas semanas.
Acusações
A Fimatec é acusada de não pagar adicional de insalubridade, hora extra, FGTS e 13º salário. A acusação mais recente contra a empresa foi apresentada em 2015, por um funcionário que alegou fazer duas horas extras por dia sem receber para isso. No processo, a justificativa da empresa é de que o reclamante Carlos Ernani da Silva Vianna tinha um cargo de confiança, e por isso “não se sujeitava a controle de jornada”.
Ainda de acordo com a reportagem do jornal, a Fimatec foi condenada a pagar uma indenização ao ex-funcionário no valor de R$ 27.101,69, uma vez que a empresa não apresentou provas de que Vianna recebia remuneração 40% maior que seu salário,o que é regra para cargos de confiança.
A empresa de empilhadeiras também foi processada por demitir uma funcionária terceirizada durante a gravidez – a quem teve de pagar R$ 30 mil de indenização -, e de agressão, em ação ainda em tramitação.
<< Leia a íntegra da reportagem do Estadão
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