Ela fez questão de destacar a boa relação que tem com a presidenta Dilma Rousseff e afirmou que o legado deixado pelo ex-presidente Lula foi importante para o setor. “Estou muito orgulhosa pela possibilidade de participar mais de perto de um governo que ajudei a eleger e realizar um trabalho em uma área com a qual me identifico muito”, disse.
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Durante a cerimônia, Dilma afirmou que, em 2013, Marta terá à sua disposição um orçamento de R$ 3 bilhões, montante 65% maior que o de 2012. Um dos motivos alegados para a demissão da ex-ministra Ana de Hollanda foi uma carta enviada à ministra do Planejamento, Mírian Belchior, em que Ana reclamava sobre os cortes feitos no orçamento da pasta. Na carta, divulgada pelo jornal O Globo, a ex-ministra disse que a redução de dinheiro colocaria em risco “a gestão e até mesmo a existência de boa parte das instituições culturais”.
Dilma minimizou a situação e afirmou que o orçamento maior é um legado que Ana de Hollanda deixa para Marta. “Certamente, todos os militantes e gestores da área cultural querem mais. Não tenho dúvidas de que a cultura brasileira merece mais, mas temos feito no meu governo e no do presidente Lula muito do que é o desejo da nossa área cultural”, disse a presidenta.
Em seu último discurso, Ana de Hollanda ressaltou suas conquistas em quase dois anos de gestão e disse que sua sucessora tem as condições de continuar o trabalho. Segundo ela, o país precisa dar continuidade, principalmente, ao fortalecimento das políticas de direito autoral.
De volta
Esta é a segunda vez que Marta assume um ministério. Durante o governo Lula, ela foi ministra do Turismo. Eleita senadora pelo PT em 2010, ela foi prefeita de São Paulo entre 2001 e 2004. Marta teve seu nome anunciado pelo Palácio do Planalto para o Ministério da Cultura na última terça-feira, quando presidia uma sessão do Senado. Ao falar com a imprensa, ela se disse “surpresa” com a indicação e que ainda teria de “estudar” o ministério para conhecê-lo melhor.
Ela não comentou as polêmicas em que sua antecessora se envolveu e negou que sua indicação estivesse relacionada à sua entrada na campanha de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo. A petista, que pretendia voltar ao comando da maior cidade do país, estava à margem da disputa desde que foi convencida pelo presidente Lula a abrir mão da candidatura. Mas reapareceu em público nas últimas semanas pedindo voto para o ex-ministro da Educação.
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Com informações da Agência Brasil e Blog do Planalto