O presidente eleito Jair Bolsonaro recebeu na manhã de hoje (5) o embaixador da Itália, Antonio Bernardini, e os dois conversaram sobre a extradição de Cesare Battisti. O italiano foi condenado no seu país de origem por terrorismo e quatro assassinatos e vive no Brasil desde 2004. Durante a campanha, Bolsonaro disse que trabalharia para extraditar o italiano, como vem pedindo o governo da Itália.
Ao sair do encontro, o embaixador disse que “o caso Battisti é muito claro”. “A Itália está pedindo a extradição do Battisti. O caso está sendo discutido agora no Supremo Tribunal Federal. Esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse Antonio Bernardini a jornalistas.
O italiano de 63 anos fazia parte do grupo Proletários Armados para o Comunismo (PAC) e foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1993. Em 2004, mudou-se para o Brasil e em 2007 foi preso. O governo italiano pediu a extradição de Battisti, mas o então ministro da Justiça Tarso Genro concedeu refúgio político a ele. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu então que a palavra final deveria ficar a cargo do então presidente Lula. No último dia de seu governo, em 31 de dezembro de 2010, Lula negou a extradição do italiano.
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Na campanha presidencial, Bolsonaro afirmou que era favorável à extradição de Battisti. “Reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições”, escreveu no Twitter.
Como já foi falado, reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 23 de agosto de 2018
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Antes de receber Bernardini, Bolsonaro também se reuniu com o embaixador da China, Liz Jinzhang, mas ele não concedeu entrevista à imprensa na saída da reunião.
*Com informações da Agência Brasil