1- Lua de mel eleitoral
Durante a campanha eleitoral de 2014, a então candidata à Presidência e seu vice trocavam elogios para tentar conquistar os votos dos eleitores. Após a vitória no primeiro turno da eleição presidencial, Dilma chamou Temer de “companheiro de chapa” e “querido”. Disse ainda que o peemedebista, além de ser um “grande vice-presidente” havia se tornado um “incansável e aguerrido militante”.
2- Troca de elogios
Os elogios de Dilma eram constantemente retribuídos por Temer. Em discurso, o então vice-presidente creditou a Dilma a “democracia política” no país. Elogiou também o ex-presidente Lula. Segundo Temer, Lula criou a “democracia do pão sobre a mesa” e foi o responsável por gerar 14 mil empregos e elevar a condição de 30 milhões de brasileiros da classe E para a classe D.
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3- Temer: “Impeachment geraria uma crise institucional”
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Em 30 de março de 2015, pouco mais de um ano antes do processo ser aprovado na Câmara dos Deputados, Michel Temer usou sua conta no Twitter para comentar a possibilidade de impeachment de Dilma. “É impensável, geraria uma crise institucional”, escreveu.
4- Líder da articulação
Em 7 de abril de 2015, Dilma escalou o vice-presidente para assumir a articulação política entre o Planalto e o Congresso. A missão de Temer era melhorar a relação de Dilma com o PMDB e ampliar a base de apoio parlamentar da petista.
5- Vice decorativo
No final de 2015, com a relação já abalada pela crise, Temer enviou uma carta à presidente Dilma em que lamentava o fato de ser um “vice decorativo” e apontava “fatos reveladores” da desconfiança que o governo possuía em relação a ele e ao PMDB. “Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo”, pontuou.
6- Áudio vazado
Poucos dias antes da votação do impeachment no Senado, Temer enviou uma mensagem de áudio para parlamentares de seu partido, com 15 minutos de duração. Em tom de discurso, o vice-presidente já falava como se o impeachment estivesse sido aprovado pelos deputados e deu indícios do tom que usaria em sua gestão. “É preciso um governo de salvação nacional”, disse.
7- Julgamento separado no TSE
Dilma e Temer correm o risco de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de não ter data para o julgamento acontecer na corte eleitoral, Temer se antecipou e pediu desvinculamento de seu processo e da petista. Inicialmente, a ministra Maria Thereza negou o pedido de Michel Temer para separar sua responsabilidade em relação a Dilma. A defesa do peemedebista recorreu ao pleno do TSE – que ainda não tem data para deliberar sobre a ação. Segundo Temer, ele não pode ser responsabilizado por atos que são imputados no processo ao PT e a Dilma.
8- Votos no vice-presidente
Em um polêmico tweet, Temer escreveu: “Muitos votaram porque eu era candidato a vice”. A internet não perdoou. Veja:
9- Amigos para sempre
Ainda no final de 2015, já com a relação abalada, Dilma e Temer foram juntos a um evento em Brasília. A banda militar, coincidentemente, tocou a música “Amigos Para Sempre”, trazendo aquele climão para a celebração.
Veja o vídeo divulgado pelo portal G1.
10- Posição secundária nas Olimpíadas
Já afastada, Dilma foi questionada se gostaria de acompanhar a abertura das Olimpíadas ao lado de Temer. A petista, porém, recusou o convite e justificou que não participaria do evento em “posição secundária”.
Em uma participação mínima na festa de abertura do jogos, Temer disse apenas uma frase e foi vaiado.
11- Impeachment: “Uma coisa tão natural da democracia”, diz Temer
Em tom irônico, menos de uma semana antes do julgamento final de Dilma no Senado, Temer foi questionado por jornalistas se estaria inseguro com relação ao processo de afastamento da presidente. “Aconteceu alguma coisa?” – “o processo de impeachment”, responderam os jornalistas – “imagina, é uma coisa tão natural na democracia”, respondeu.
12- Golpe
Em carta à Nação, antecipada pelo Congresso em Foco, Dilma chamou o impeachment de “golpe” e propôs novas eleições. Referiu-se a Temer e o acusou de promover “um governo sem respaldo popular”, e que “não resolverá a crise porque será sempre, ele próprio, a crise”.