A um dia da votação da PEC 89/07, que prorroga a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), prevista para ser votada nesta terça-feira (11) no Senado, a base governista deve ganhar mais um aliado, desta vez da própria oposição.
Segundo o senador Jonas Pinheiro (DEM-MT), se o governo federal confirmar a negociação da dívida do seu estado, ele irá votar a favor da renovação do tributo. “Esse é um assunto muito interessante e, se essa for a condição, por que não ajudar o Mato Grosso?”, disse o senador ao Congresso em Foco.
A proposta, de acordo com ele, deve ser concretizada no início desta noite, quando participará de reunião com o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Na última quarta-feira (5), Jonas Pinheiro acompanhou o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), em encontro organizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Na ocasião, recebi vários apelos para apoiar a votação da CPMF.”
Antes de se encontrar com Múcio, Pinheiro se reúne, ainda na tarde de hoje, com prefeitos dos municípios de seu estado que reivindicam a rolagem da dívida.
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Reta final
A base governista precisa de 49 votos no plenário do Senado para que a CPMF seja prorrogada até 2011. Por ano, o imposto gera cerca de R$ 40 bilhões para os cofres do governo. Na reta final da votação, o governo está recorrendo, além da pressão política dos governadores sobre os senadores de seus estados, a um estudo que mostra quanto cada um dos 26 estados e o Distrito Federal terão de retorno com as ações sociais financiadas pela contribuição em 2007.
O retorno social da contribuição, de acordo com o governo, tem impacto direto em três áreas: o programa Bolsa Família, a Previdência rural e a saúde pública (leia). (Erich Decat)
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