A empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), a JD Consultoria, gastou pelo menos R$ 1,68 milhão em 49 viagens de jatinho entre 2011 e maio de 2014, segundo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, os gastos estão pendentes de “regularização fiscal”, segundo ofício da empresa de táxi aéreo que prestou os serviços ao ex-ministro.
A empresa de táxi aéreo encaminhou manifestação por escrito ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato que tramitam na Justiça Federal do Paraná.
De acordo com o relatório o qual a Folha teve acesso, em uma das viagens, um giro por três Estados do Nordeste em março de 2013, a empresa de consultoria do ex-ministro gastou cerca de R$ 110 mil. Em outra viagem, que incluiu passagem por Pernambuco e Minas Gerais, mais R$ 85 mil.
As informações foram prestadas à Polícia Federal nesta sexta-feira (14) pela Flex Aero Táxi Aéreo, sediada em São Paulo. No último dia 3, a PF fez busca e apreensão na sede da empresa dentro da 17 ªfase da operação Lava Jato, batizada de Pixuleco. A empresa alegou que uma parte da documentação não foi encontrada pela PF e por isso procurou o juiz Moro para entregá-la.
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A Flex afirmou que encontrou os documentos após “um completo e detalhado levantamento”.
Segundo as investigações da força tarefa da Lava Jato, parte dos voos utilizados pela empresa de Dirceu foi bancada pelo lobista Milton Pascowitch, que fez um acordo de delação premiada e admitiu ter pago propina para fechar negócios com a Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, documentos que indicam o pagamento, por Pascowitch, de pelo menos dois voos de jatinho em favor de Dirceu.
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